sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Campanha Amélia do Dia

Se ambos brigassem pelo mesmo lado...


Hoje eu não fui ao jornal, e a lugar algum, ainda. Fiquei em casa e daqui do meu computador trabalhei (a minha função me permite isso certas vezes). Além disso, trabalhei em casa também como Amélia, rs. Limpei, organizei, perfumei, quebrei uma unha. E voltei ao computador.
Eu sempre me encanto com a diversidade que podemos assumir. Meia hora lendo sobre um diário de Guimarães Rosa com anotações da Segunda Guerra Mundial, meia hora esquentando a barriga no fogão e resfriando na pia (ah, os homens-machões vão à loucura com essa piadinha).
E é essa diversidade, especialmente a feminina, que eu quero abordar hoje. A mulher precisa determinar – e delimitar – seus papéis? Ela precisa ser tudo ou pode não ser nada? Ela tem que escolher entre ser brilhante profissional ou dedicada dona de casa? Ela precisa ter tanto medo de ser... mulher??
A questão é que, depois de uma história de submissão, a mulherada quis brigar, e brigou – e ainda briga – por igualdade. Na verdade, o processo que está acontecendo hoje não é mais de igualdade não, é de inversão dos valores, de trocar um por outro. Conheço muita mulher que tem horror de ir à beira do fogão fazer uma comidinha gostosa para agradar quem quer que seja (até a si mesma). Parece que há uma aversão feminina a tudo que foi dito feminino. Hoje elas querem ter um carrão, um emprego maravilhoso, um gatão gostoso para as horas convenientes... e só! Além, não perdem tempo pensado em casa, marido ou filhos (talvez depois dos 40, se a medicina ajudar e se já existir um tratamento definitivo para estrias).
Eu fico pensando no que vai acontecer ao mundo sem a sensibilidade feminina. Além dos comerciais de margarina, muita coisa pode mudar, rss. Não quero ser feminista e dizer que nós, com todo nosso glamour e charme, estamos no topo. Nem ser machista, ditando que a mulher jamais deve deixar sua cozinha esquecida. O que eu quero é dizer que existe alguma divisão de papéis que funciona legal. Não aquela ditada por uma sociedade (não gosto dessa), mas aquela coordenada por um instinto (essa eu adoro). Fora as exceções, mulheres e homens têm algumas percepções e aptidões comuns dentro de cada sexo. Sensibilidades diferentes. É isso.
Algumas mulheres são macho pelo instinto delas, parabéns. Outras o querem ser pelo feminismo, pela inversão de papéis, pelo “troco”. Tsc tsc tsc... Alguém já teve boas oportunidades de notar um ambiente sem a alma feminina (mesmo a que vem de um homem rss.)? É menos colorido e mais objetivo. É mais prático e com menos detalhes graciosos onde se perder. Pelo outro lado, ao lugar ultra feminino parece que falta um algo para preencher (não foi piada).
Sendo um pouco masculina agora, a questão é a seguinte: matemática pura. A soma aumenta o bolo. Então eu lanço a campanha: “Mulheres: sejam Amélia 30 minutos por dia”. É mesma recomendação de tempo quanto ao exercício físico, o que quer dizer que sempre pode ser mais, rs.
Ando vendo muita criança mal alimentada que vive se enchendo de Mc Donald’s porque a mãe não pode – e nem sabe – preparar um lanche decente. Tenho visto muita mulher que exige que seu parceiro cumpra o papel de homem e troque o pneu do carro sozinho, no sol, mas que, quando chega em casa, torce o nariz e não passa a camisa que ele pediu (“tá achando que eu sou o que? Dona de casa?”). E tenho visto blá, blá, blá, blá....São muitos exemplos, vistos de qualquer janela.
Hoje eu acordei. Trabalhei. Li revistas de cultura e JGR. Ouvi “La Traviata”, de Verdi, pelo menos umas três vezes. Também Marisa Monte. Fiz um delicioso capeletti de tender ao molho de damascos e ervas para o almoço. Lavei louças. E roupas também. Bati, como nos velhos tempos, um bolo à mão, com colher de pau, e assei-o, para o café da tarde. E estou me sentindo MULHER, muito mulher, completa e diversificada. Fera, bicho, anjo e mulher. Gabriela do Amado, Helena do Maneco, Amélia do Roberto. Thalita.
Mulheres, não temam uma unha quebrada.

4 comentários:

o ilusionista disse...

teixto lindoannn

tambem kero ser mulheeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrr

Anônimo disse...

Mando agora um beijo neste comentário! rs. Gata, brigadão pelo telefone da Garça Lampert! Ah, visita o meu blog depois, você já está nos meus favoritos. Beijão!

Unknown disse...

Concordo com vc em número gênero e grau....... existem coisas que são instintos, e o instinto feminino é lindo e muito bem vindo em qualquer lugar desse planeta, e sem ele tudo fica sem graça, sem cor e principalmente sem amor.......

Unknown disse...

Legal, gostei muito de seu blog. Você escreve muito bem, aliás fiquei até mais encorajada a criar o meu blog, coisa que venho pensando há séculos, mas tenho preguiiiiiiiça...
Beijos e boa sorte, pingo!
Neusa Baptista